quarta-feira, fevereiro 15, 2006

a antiga história

ela olha fixamente pra ponto nenhum. tem um mundo dentro de si. um lugar secreto na sua mente, que nem ela mesma sabe o código. esse lugar não tem aquilo de necessário, mas ela precisa dele pra viver. ou sobreviver, dependendo do ponto de vista. ela cria regras pra poder fugir delas. afinal, as leis só existem para serem quebradas (caso contrário, não existiriam). ela tem medo de seguir o caminho, porque quando se aproxima, a porta some. ah, as portas. aquelas da antiga história de que quem as cria somos nós. se ela tivesse menos nós pra desatar, talvez pensasse em moldar as chaves.

[orkut]
[de café]

sábado, fevereiro 04, 2006

ela é reticências

vêm de lugar nenhum e vão pra lugar algum. a brisa. e o vento. que a levam e vão junto. mas a trazem e a deixam só. dizem que tudo que ela precisa é amor. que explica tudo por não ter razão. mas ela é muito menos do que é. ela sugere o indizível. como as reticências. e se pergunta como se fosse mais um 'como vai?' : "você me entenderia se eu lhe dissesse o que nunca entenderei?". os adjetivos passam e os substantivos ficam. por isso ela é noite. e, se mentiras repetidas viram verdades, ela há de amanhecer.

[orkut]
[de café]